domingo, 20 de marzo de 2016

O CADERNO DE MAYA (Isabel Allende)


"Em geral, minha avó desconfia dos profissionais que ganham por hora, já que resultados rápidos não lhes convêm. Mas abre uma exceção para os psiquiatras, porque um deles a salvou da depressão e das armadilhas da magia, quando deu para se comunicar com os mortos."

"-Segundo minha Nini, Chiloé é magico -- comentei.
-O mundo todo é magico, Maya -- respondeu."

"Ela acha que as viagens de avião na são convenientes porque a alma viaja mais devagar que o corpo, se atrasa e, às vezes ,se perde pelo caminho;"

"Tinha me dado conta de que na escrita a felicidade não serve para nada -- se sofrimento não há história -- e saboreava em segredo o apelido de órfã, porque os únicos órfãos no meu radar eram os dos cotos clássicos ,todos muito infelizes."

"-Vamos Popo, jure que nunca vai morrer -- eu exigia, pelo menos, uma vez por semana.
A resposta dele era invariável:
-Juro que sempre estarei com você."

"Segundo  meu Popo, o sistema educativo oficial atrapalha o desenvolvimento do intelecto; é preciso respeitar os professores, mas não lhes dar importância demais. Dizia que Da Vinci, Galileu, Einstein e Darwin, para mencionar apenas quatro gênios da cultura ocidental, já que há muitos outros como os filósofos e matemáticos árabes Avicena e al-Khwarizmi -- questionaram o conhecimento de sua época. Se tivessem aceitado as baboseiras que os adultos lhes ensinavam, não teriam inventado nem descoberto nada."

"Explicava-me que o Sol é uma estrela pequena entre cem milhões de estrelas na Via Láctea e que certamente havia milhões de outros universos alem do que podemos perceber agora.
-Nesse caso, Popo, somos menos do que um suspiro de piolho -- era a minha conclusão lógica.
-Não acha fantástico, Maya, que nós, estes suspiros de piolhos, possamos ter uma noção do prodígio do universo? Um astrônomo precisa mais de imaginação poética que de bom-senso, porque a magnífica complexidade do universo não pode ser medida nem explicada, mas apenas intuída."

"Tratava minha Nini, que não é nada dócil, com o mesmo método de treinar cães farejadores de bombas: afeto e firmeza, castigo e recompensa. Com afeto a fez saber que gostava dela e estava à sua disposição, com firmeza a impediu de entrar pela janela de sua casa para inspecionar a limpeza ou dar doces escondidos para a neta."

"Prometa uma coisa, Maya: que sempre vai amar a si mesma como eu amo você --  me repetia."

"O que a gente ganha lutando com a morte, Nidia, se, mais cedo ou mais tarde, ela sempre ganha?"

"Abraçada à urna com as cinzas do marido, disse-me que o coracao quebra como um copo, às vezes trincando de modo silencioso e outras explodindo em caos."

"Segundo a minha Nini, o que uma mulher tem de mais sexy são os quadris, porque indicam sua capacidade reprodutiva e um homem são os braços, porque indicam sua capacidade para o trabalho."

"... seu pai sofreu uma taquicardia alarmante, provocada pelo Concurso de Bumbum nas praias. Blanca diz que o Millalobo só está vivo por achar o cementério muito chato."

"Para evitar problemas, era muito importante parecer normal, embora a definição de normalidade fosse incerta. Se comia muito, padecia de ansiedade, se comia pouco, era anoréxica; se preferia a solidão, era depressiva, mas qualquer amizade levantava suspeita; se não participava de uma atividade estava sabotando; se participava muito, queria chamar a atenção. "Pau porque rema, pau porque não rema", esse é outro ditado da minha Nini."

"Não é indispensável me bater no peito, de joelhos, nem pagar meus erros com lágrimas e sangue. Segundo dizia meu Popo, a vida é uma tapeçaria que a gente tece dia após dia com fios de muitas cores, uns grossos e escuros, outros finos e luminosos."

"O aneurisma equivale a uma sentença de morte. Isso o tornou desprendido, mas nao indiferente. Manuel aproveita bem o seu tempo, gringuinha. Vive no presente, hora a hora, e está muito mais reconciliado com a ideia de morte do que eu, que também ando com uma bomba-relógio dentro de mim."

"Havia me proibido de ter relações com outros homens por questão de segurança. Dizia que a língua se solta na cama."

"As drogas eram apenas uma diversão para os turistas que iam a Las Vegas por um fim de semana para escapar do tédio e tentar a sorte nos cassinos, mas eram o único consolo para prostitutas, vagabundos, mendigos, ladrões, membros de gangues e outros infelizes que circulavam no edifício de Leeman, dispostos a vender o último resquício de humanidade por uma dose."

"Sou muito prática, Maya. Se se trata de curar uma verruga, vou ao dermatologista, mas, por via das dúvidas, amarro um cabelo no mindinho e urino atrás de um carvalho."

"Gosto da chuva, inspira recolhimento e amizade, mas em pleno sol se aprecia melhor a beleza destas ilhas e canais."

"Antes de morrer de amor, Maya, seria melhor investigar se esse jovem também sofre do mesmo mal ou se pensa em continuar sua viagem e deixar você a ver navios."

"Agora entendo por que os amantes nas óperas e na literatura, diante da eventualidade de uma separação, se suicidam ou morrem de tristeza. Há grandeza na dignidade na tragédia, por isso e fonte de inspiração, mas não quero tragédia, por imortal que seja; quero uma felicidade sem agitação, íntima e muito discreta, para não provocar os ciúmes dos deuses, sempre tão vingativos."

"Meu Popo dizia que o amor nos torna bons. Não importa quem amemos, também não importa se somos correspondidos ou se a relação é duradoura. Basta a experiência de amar, isso nos transforma."

"Sobre beijos deve haver manais ,beijos de pica-pau, de peixe, uma variedade infinita. A língua é uma cobra atrevida e indiscreta, e não me refiro às coisas que diz. O coracao e o pênis são os meus favoritos: indômitos, transparentes em suas intenções, cândidos e vulneráveis, não se deve abusar deles."

"Alguns deixavam umas moedas, as ninguém flava comigo; a pobreza de hoje é como a lepra de antigamente: repugna e dá medo."

"Isso não tem perdão. Sem decência, a gente se desarma, perde a humanidade, a alma."

"... a metade dos problemas do mundo se solucionaria se cada um de nós tivesse um Popo incondicional, em vez de um superego exigente, porque as melhores virtudes florescem com o carinho."

"... me preveniu contra a imprudência de me apaixonar por um desconhecido que vive tão longe. Que outro conselho poderia me dar? Ele é assim: não corre riscos sentimentais, prefere a solidão da sua toca, onde se sente seguro."

"...viemos ao mundo com certas cartas na mão e fazemos a nossa aposta; com cartas similares uma pessoa pode afundar e outra se superar."

"Eu tinha me proposto a não olhar o relógio de navio na parede, que engolia depressa o tempo que me restava com ele."

"As vezes, a mente bloqueia os traumas graves demais como defesa contra a loucura ou a depressão."

"Por causa dela, conheci o Chile antes de pisar nele; falava-me de suas abruptas montanhas nevadas, de vulcões adormecidos que às vezes despertam com uma sacudida apocalíptica, da longa costa do Pacífico com suas ondas encrespadas e eu colarinho de espuma, do deserto do norte, seco como a lua, que, às vezes, floresce como uma pintura de Monet, das matas frias, dos lagos límpidos, dos rios fecundos e das geleiras azuis."

"... a chuva do inverno, que no começo me parecia poética, acabou se tornando insuportável."

"É melhor pedir perdão do que pedir permissão. Me perdoa?."

"...lá conseguiu trabalho em sua área e pôde escrever dois livros, enquanto se aturdia com álcool e aventuras fugazes que só acentuaram sua solidão abissal."

"...tomei um banho demorado que acabou com a água da caixa, lavei minha tristeza com sabonete e depois me sentei ao sol no terraço para devorar as torradas com geleia de tomate que Manuel preparou -- elas tiveram a virtude de me devolver a sensatez."

"Claro que pode viver sem ele. Esse jovem foi a chave que abriu o seu coração. O vício do amor não vai arruinar a sua saúde nem a sua vida, como o crack ou a vodca, mas você deve aprender a distinguir entre o objeto amoroso, neste caso Daniel, e a excitação de ter o coração aberto."

"A gente esquece os amantes num piscar de olhos."

miércoles, 24 de febrero de 2016

EL PINTOR DE BATALLAS (Arturo Pérez-Reverte)


"Faulques conocia la manera, controlaba la técinca, pero carecía del rasgo esencial que separa la afición del talento."

"... se acabó aquello de que sólo con esfuerzo puede obligarse a una cámara a mentir."

"La pintura, como la fotografía, el amor o la conversación, eran semejantes a esas habitaciones de hoteles bombardeados, con los cristales rotos y despojadas de todo, que sólo pódian amueblarse con lo que uno sacaba de su mochila."

"... la impertinencia no se desanima ante una simple negativa cortés."

"... la palabra arte siempre suena a mixtificación y a paños calientes. Mejor seamos amorales que inmorales. ¿No te parece? Y ahora, por favor, bésame."

"Su fotografías eran como el ajedrez: donde otros veían lucha, dolor, belleza o armonía, Faulques sólo contemplaba enigmas combinatorios."

"-Voy a contarle una historia -dijo sin volverse. 
-¿La suya?
-Qué más da. Una historia."

"Los hombres, señor Faulques, somos animales carniceros. Nuestra inventiva para crear horror no tiene límites. Usted tiene que saberlo. Toda una vida fotografiando maldades enseña algo, supongo."

"Asumir las cosas no es aprobar que sean como son -dijo este-. Explicación no es sinónimo de anestesia."

"Creer que no vamos a morir nos hace débiles, y peores."

"Los hombres antiguos miraban el mismo paisaje durante toda su vida, o mucho tiempo. Hasta el viajero lo hacía, pues todo camino era largo. Eso obligaba a pensar sobre el camino mismo. Ahora, sin embargo, todo es rápido. Autopistas, trenes... Hasta la televisión nos muestra varios paisajes en pocos segundos. No hay tiempo para reflexionar sobre nada."

"Somos producto, pensaría más tare, de las reglas ocultas que determinan casualidaes: desde la simetría del Universo hasta el momento en que uno cruza la sala de un museo."

"Era Olvido la que confería importancia a las cosas y a las personas con las que se relacionaba, tal vez porque poseía la seguridad perfecta que sólo ciertas mujeres tienen cuando el mundo es su excitante campo de batalla, y los hombres un complemento útil pero prescindible."

"De tanto abusar de ella, de tanto manipularla, hace tiempo que una imagen dejó de valer más que mil palabras. Pero no es culpa tuya. No es tu manera de ver lo que se ha devaluado, sino la herramienta que usas. Demasiadas fotos, ¿no crees? El mundo está saturado de malditas fotos."

"(armas)... nunca imaginé que estas cosas pudieran ser objetos bellos. Tan pulidas. Tan metálica y tan perfectas. El tacto descubre en ellas virtudes que no estaban a la vista. Escucha. Encajan con maravillosos chasquidos. Son hermosas y siniestras al mismo tiempo."

"-... El hombre tortura y mata porque es lo suyo. Le gusta.
-¿Lobo para el hombre, como dicen los filósofos?
-No insulte a los lobos. Son asesinos honrados: matan para vivir."

"-... Quiere decir que el malvado no puede evitar serlo. 
-Digo que somos malvados y no podemos evitarlo. Que son las reglas de este juego. Que nuestra inteligencia superior hace más excelente y tentadora nuestra maldad... El hombre nació predador, como la mayor parte de los animales. Es su impulso irresistible. Volviendo a la ciencia, su propiedad estable. Pero a diferencia del resto de animales, nuestra inteligencia compleja nos empuja a depredar bienes, lujos, mujeres, hombres, placeres, honores... Ese impulso nos llena de envidia, frustración y de rencor. Nos hace ser, todavía más, lo que somos."

"-No sé qué le encuentran de belleza al alba -dijo de pronto Markovic-. O a la puesta del sol. Para quien ha vivido una guerra, el alba es señal de cielo turbio, de indecisión, de miedo a lo que va a pasar... Y el atardecer es amenaza de las sombras que llegan, oscuridad, corazón aterrorizado. La espera interminable, muerto de frío en un agujero, con la culata del fusil pegada a la cara..."

"... Solo las reglas artificiales, la cultura, el barniz de las sucesivas civilizaciones matiene al hombre a raya de sí mismo. Convenciones sociales, leyes. Miedo al castigo".

"... cuando el desastre devuelve al hombre al caos del que procede, todo ese civilizado barniz salta en pedazos, y otra vez es lo que era, o lo que siempre ha sido: un riguroso hijo de puta."

"-A diferencia de usted, no soy hombre culto. En los últimos años he leído libros aquí y allá. Pero estoy lejos de serlo."

"Es -Gödel aparte-  como los procedimientos matemáticos: poseen tal seguridad, claridad e inevitabilidad, que proporcionan alivio intelectual a quienes los conocen y manejan."

"... Una vez oí decir, o leí, que el excesivo análisis de los hechos termina por destruir el concepto... ¿O es al revés? ¿Los conceptos destruyen los hechos?"

"... lo primero que hice fue sentarme en un café de la plaza Jelacic. A mirar a la gente, a escuchar sus palabras. Y no daba crédito a lo que oía: la conversación, las preocupaciones, las prioridades... Oyéndolos, me preguntaba: ¿Es que no se dan cuenta? ¿Que importa el abollado del coche, la carrera en la media, la letra del televisor?... ¿Comprende a qué me refiero?."

"Te amo, dijo serena, porque tus ojos no te engañan. Nunca lo permites. Y eso le da un silencioso peso a tu equipaje."

"Tengo el gusto de comunicarte que eres muy guapo, Faulques. Y me encuentro en ese punto exacto en el que una francesa te tutearía, una suiza intentaría averiguar cuántas tarjetas de crédito llevas en la cartera, y una norteamericana te preguntaría si tienes un condón."

"Todos los hombres sois considerablemente estúpidos, decía interpretando lo que él nunca dijo. Hasta los más listos lo sois. Y no soporto eso. Detesto que se acuesten conimgo pensando en quién se acostó antes, o quién se acostará después."

"Pronto no te necesitaré, Faulques; pero estaré siempre agradecida a tus guerras. Liberan mis ojos de todo eso. Es una licencia ideal para ir a donde quiero ir: acción, adrenalina, arte efímero. Me libra de responsabilidades y me hace turista de élite. Puedo mirar, al fin. Con mis ojos. Contemplar el mundo mediante los dos únicos sistemas posibles: la lógica y la guerra. En eso tampoco hay tanta diferencia entre tu y yo. Ninguno de los dos hacemos fotoperiodismo ético. ¿Quién lo hace?"

"... algunas palabras cometían suicidio semántico, negándose a sí mismas. Olvido era una de esas."

"... El mundo nunca supo tanto de sí mismo y de su naturaleza como ahora, pero no le sirve de nada. Siempre hubo maremotos, fíjese. Lo que pasa es que antes no pretendíamos tener hoteles de lujo en primera línea de playa... El hombre crea eufemismos y cortinas de humo para negar leyes naturales. También para negar la infame condición que le es propia. Y cada despertar le cuesta doscientos muertos de un avión que se cae, los doscientos mil de un tsunami o el millón de una guerra civil."

"... él había tenido la absurda esperanza de que el tiempo la hiciera más suya: unos ojos soñolientos vistos cada mañana, un cuerpo marchitándose cerca, entre sus manos, día a dia."

"Un fotógrafo hábil, había dicho alguien, podía fotografíar bien cualquier cosa. Pero Faulques sabía que quien dijo eso nunca estuvo en una guerra. No era posible fotografiar el peligro, o la culpa. El sonido de una bala al reventar un cráneo. La risa de un hombre que acaba de ganar siete cigarrillos apostando sobre si el feto de la mujer a la que ha desventrado con su bayoneta es varón o hembra."

"La violencia, cualquier violencia, convierte en cosa, en un trozo de carne animal, a quien está sometido a ella."
 
"En cierto modo, una tragedia tranquiliza más que una farsa, ¿no le parece?... También hay analgésicos temporales. Con suerte, dan para ir tirando. Y bien administrados, sirven hasta el final.
-¿Por ejemplo?
-La lucidez, el orgullo, la cultura... La risa... No sé. Cosas así."

viernes, 8 de enero de 2016

UM DIA TOPAREI COMIGO (Paula Fabrio)

"Diz o lugar-comum que ler é viajar. No entanto, pouco o quase nada se diz do contrário: viajar é ler."

"... Seria um desperdício irrecuperável da vida cair no sono. Deveriamos sair, conhecer outros lugares."

"Porque viver é sublime, quando não estamos pensando tanto."

"Velhinhos morrem para que pessoas de meia-idade possam ocupar seus lugares. -Um drinque andaluz nos esperava, cor-de-rosa, inocente. Com ele, a vertigem. Quais seriam as chances de namorar a três?."

"Aquela sería a última viagem. Dona Helena estava convencida. Os últimos setecentos quilômetros a dois, na estrada, ouvindo estações perdidas no radinho do polara."

"...descobriu que felicidade se inventa."

"A banheira rosa do hotel em Barcelona era limitada em aventuras , e pela primeira vez conjecturei a tese de sempre ter viajado sem querer me mover, sem sair do lugar, com os pés fincados no conforto das minhas certezas;..."

"Àquela época, dona Helena já tinha um fogo de vida e arriscava imaginar que namoraria inúmeros rapazes, com gostos variados, médicos, desenhistas, circense, esportistas. Mas o consentimento dos pais assomou-lhe ao espírito como um cortar de asas. Porém, logo lhe nasceram outras: quando seu Odair passou a frequentar a casa, descobriu que felicidade se inventa."

"Mas o carnaval ficaria para trás.  carnaval não gosta de livros. E a literatura não gosta dele ou lhe tem inveja. Por conta desse desgosto, os livros escarnecem de nossa alegria: a porta-estandarte morre, o poeta se desencanta e mães adoecem para desfazer fantasias infantis. De repente, já não é mais carnaval."

"Não havia o que fazer nas próximas horas, dias, e também não importavam os ponteiros do relógio. Eles marcam a duração da alegria e só. Até mesmo o túnel do tempo não seria vantagem, caso não saibamos tim-tim por tim-tim o que fazer da vida."

"...corpinho de passeio, não aguenta o pesado."

"Aborrecem-me pessoas como seu Ramires mudam de país mas não se mexem para conhecer qualquer pedaço de terra que esteja a um raio de dois quilómetros. Para esses indivíduos, o mundo não existe."

"Olhos como os meus ,que nunca viram a guerra. E as mãos, é possível prever, elas permanecerão distantes da esteira da fabrica. Por vezes, a simples capa de chuva de um menino pode dizer muito sobre ele."

"O tempo é tão longo quando temos de explicá-lo. Inverossímil e ligeiro, enquanto respiramos."

"Há pouco eu disse que as lembranças se transformam ,com o passar do tempo, em suposições e mentiras."